quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

CARTÓRIOS PRIVATIZADOS VÃO AUMENTAR TAXAS


CARTÓRIOS PRIVATIZADOS VÃO AUMENTAR TAXAS EM ATÉ 400% PARA COBRIR TJF











Usuários de cartórios no estado da Bahia terão que gastar mais dinheiro com o Poder Judiciário. Isso porque foi aprovada Lei  (12.373) que  aumenta as taxas de prestação de serviços e de poder de polícia no âmbito do Poder Judiciário e cria uma nova taxa, chamada de fiscalização judiciária. A Lei, que entra  entra em vigor em março deste ano, prevê que atos mais comuns como impetrar um mandado de segurança, intimação e certidão negativa fiquem em média 150% mais caros. Quando os serviços de tabeliães forem utilizados, a taxa de fiscalização judiciária será exigida simultaneamente com os emolumentos representando um aumento excessivo em relação aos valores atuais.

"Um processo que tenha o valor da causa fixado entre R$ 46,00 e R$70,59 paga atualmente uma taxa de R$14,80. Pela nova tabela, entretanto, terá que pagar R$250,00, ou seja, uma majoração entre 443% no primeiro caso e 254% no segundo", explica Helcônio Almeida, presidente do Instituto dos Auditores Fiscais do Estado da Bahia (IAF). De acordo com a Lei estadual 11.631 que ainda vigora, o reajuste anual das taxas é de no máximo 6,56%, o que corresponde ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2011.

Se, por exemplo, 10 escrituras forem lavradas por dia com valores compreendidos entre R$352.000,00 e R$ 528.000,00 reais, o cartório teria um faturamento bruto em torno de R$19.292,00 que, multiplicado pelos 22 dias úteis significaria o recolhimento de cerca de R$424.424,00 por mês, cabendo ao cartório R$275.594,00 a título de gratificações e R$148.830,00 como "taxa de fiscalização judiciária" que deverá ser transferida para o Poder Judiciário.

Para Almeida, algumas questões precisam ser levantadas: "A Lei que instituiu tal tributo não "definiu" como será feita esta fiscalização, deixando assim de cumprir uma exigência da Constituição Federal (§1º do Art. 236). Quem vai ser o responsável para apurar possíveis denúncias contra o serviço privatizado? Haverá um órgão especial para receber essas reclamações? Elas irão para o Corregedor do Poder Judiciário ou teremos um órgão especial para receber estas reclamações? O cidadão contribuinte continuará desassistido sendo obrigado a aceitar possíveis "custos extras"?" questiona.

Fonte Bahia Já

Um comentário:

  1. porque o tribunal deixou que o caos se estabelecesse nos cartórios, porque não disponibilizou os nomeados dos juizados de pequenas causa para suprir a carência de serventuários nos cartórios. Tem cartório no interior que leva 03, 04 meses para consertar um computador. O sindicato nunca procurou uma solução, a solução do sindicato era só uma PRIVATIZAR. Em reportagem de hoje na Tv. Bahia, dentre 1555 cartórios, só 156 cartórios optaram pela privatização, porque será? A maioria não tem renda, os extra-judiciais de Salvador na maioria não tem titulares, só substitutos, quero ver a guerra que vai ser na hora que for abrir concurso público, para quem passar ganhar a delegação. Em São Paulo o Tabelião Vampré, se aposentou e o Tribunal não conseguiu abrir concurso, este cartório tem faturamento de mais de um milhão por mês. Os cartórios da Bahia precisavam de mais funcionários e fiscalização, principalmente os de Salvador e Feira de Santana.

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